ILHÉUS TEM PROGRAMA MODELO NO CENTRO DE ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

Considerado um referencial em termos de atendimento, com a mobilização de uma equipe multidisciplinar formada por psiquiatras, psicólogos, enfermeiras, assistentes sociais e pessoal de apoio, o Centro de Atendimento Psicossocial (Caps), implantado pela Secretaria de Saúde de Ilhéus, vem funcionando desde fevereiro, no alto do Carilo, atendendo a uma média de 70 pacientes por mês, em atividades de ressocialização, além de realizar oficinas integradoras e outras atividades.

A importância do Caps foi destacada pelo secretário de saúde Paulo Medauar, que o considera como um modelo avançado e que está no elenco das prioridades voltadas para a melhoria do atendimento à população em todos os níveis. O Caps visa reduzir as internações de pacientes psicóticos crônicos através de um atendimento ambulatorial personalizado.
Para a assistente social Cristiane Oliveira, o trabalho vem tendo resultados excelentes, inclusive com uma unidade de atendimento familiar, o que facilita ainda mais o esforço de integração e ressocialização dos pacientes atendidos na sociedade onde vive. O objetivo do programa é reduzir a internação de pacientes psicóticos crônicos e neuróticos graves mantidos em tratamento com acompanhamento permanente, e fora de situações de crise.
Ela destaca que o trabalho tem apresentado em três meses resultados satisfatórios, graças à estrutura operacional montada pelo Caps, que funciona como um centro de apoio, promovendo atendimento especializado e oficinas diversas em áreas como bordado, pintura, tecido, emborrachamento e mesmo no cultivo de uma horta comunitária para autoconsumo e comercialização dos excedentes pelos próprios participantes do programa, gerando algum tipo de renda.

INTEGRAÇÃO – Um outro aspecto importante observado por ela, é que o trabalho de integração do paciente na família e sua inserção efetiva na comunidade onde vive têm possibilitado que pacientes encontrados nas ruas sejam ressocializados e reinseridos no próprio sistema produtivo, “é um processo continuado e voltado para a integração social do paciente”.

O fato concreto é que em função do trabalho que vem sendo realizado, muitos pacientes estão retornando às atividades produtivas em atividades na maioria das vezes não formais, não só através de biscates, como também nas oficinas terapêuticas, que funcionam para a descoberta de valores e aptidões artísticas e profissionais dos pacientes.

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