PROGRAMA SOLIDARIEDADE DE ILHÉUS RECOMEÇA AS ATIVIDADES SOCIAIS

O governo de Ilhéus recomeçou o programa Solidariedade, que tem como objetivo a promoção social voltada à crianças e adolescentes em situação de risco e exclusão social no município. Dentro do programa, coordenado pela vice-prefeita Ângela Souza, 80 jovens na faixa etária entre 7 e 14 anos estão sendo assistidas pelo projeto Capitães de Areias e a mesma quantidade de crianças e adolescentes de famílias carentes já se integra ao Xôo Lixo, desde o último dia 10 de março. Em abril o programa Solidariedade retoma as atividades do projeto Pelotão Esperança, em parceria com a 18ª circunscrição de Serviço Militar (18ª CSM).

De acordo com a vice-prefeita Ângela Souza, as coordenações dos projetos Capitães de Areia e do Xôo Lixo já providenciaram as matrículas dos jovens que estavam excluídos da escola, em estabelecimentos da rede municipal de ensino, por exigência do prefeito Jabes Ribeiro. As atividades do Capitães de Areia são desenvolvidas em dois turnos: pela manhã das 8 às 11 horas e na parte da tarde das 13 às 16 horas. Os jovens são assistidos através de oficinas de reforço escolar, artes, esporte e recreação, além das sócio-educativas, e do apoio psicológico com ênfase para o exercício da cidadania. O projeto atende a crianças e adolescentes do Bairro Teotônio Vilela, na zona oeste da cidade.

Destinado a erradicação do trabalho infantil, o Xôo Lixo atende a jovens que atuam no lixão do Cururupe e que residem no distrito do Couto. Como no Capitães de Areia, neste projeto as atividades são desenvolvidas em dois períodos manhã e tarde -, com oficinas de reforço escolar, artes, esportes e recreação. As oficinas sócio-educativas também são desenvolvidas no Xôo Lixo através de trabalhos voltados ao exercício da cidadania.

Segundo Ângela Souza, o trabalho dos projetos são acompanhados pelos pais dos alunos. Ela disse que desde que os programas foram implantados no município, as famílias dos jovens envolvidos no processo vêm demonstrando satisfação com as atividades, uma vez que os menores tem demonstrado avanços nas áreas sociais e educativas, entre outras importantes para o exercício da cidadania e da qualidade de vida. Gostaria que todos fossem conhecer os projetos e poder vislumbrar os avanços que estamos conseguindo com as crianças e adolescentes de famílias carentes que se integram as atividades.

UMA DAS ONDAS MAIS LONGAS DO PLANETA

Ao redor do planeta existem algumas ondas que exigem respeito e coragem daqueles que
se arriscam em surfá-las. Maverick’s, Pipeline,
Teahupoo, Waimea, Jaws são alguns dos exemplos de ondas que intimidam qualquer um
quando as condições do mar estão sobrenaturais. Da
mesma forma, o Brasil também tem suas ondas que assustam muitos surfistas. Basta
entrar uma resseca para selecionar os aventureiros.

Porém, diferente das ondas dos mares, um fenômeno que ocorre no rio Amazonas, com
hora e data para acontecer, vem desfiando vários
surfistas brasileiros, além de famosos do surf internacional. É a pororoca que já
possui um campeonato nacional de surf e está na
sua quinta edição. Entretanto, uma outra equipe de surfistas estão na região em
busca de novos desafios.

Patrocinado pela Red Bull, o evento inédito de duplas faz um mix com o tow-in, já
que os competidores serão puxados por jet ski.
Neste caso, a onda da pororoca, resultado pelo encontro das águas doce e salgada e
influenciada pelas luas cheia e nova, oferece um
surf que testa a resistência física e a coragem dos competidores por ser extensa e
devido aos perigos encontrados em plena floresta
Amazônica.

Fazendo parte da equipe da Red Bull, Picuruta Salazar, recordista de títulos no
Brasil, já se encontra na região enfrentando o
desafio ao lado de outros grandes surfistas, como Carlos Burle, campeão mundial de
ondas gigantes e Shane Dorian, um dos talentos da
elite mundial. Além de todos os perigos existentes na onda mais longa do planeta, a
densidade da água doce requer equipamentos
especiais para a prática do suf.

Por esta razão, Picuruta embarcou nesse último sábado rumo à aventura levando quatro
pranchas New Advance confeccionadas
especialmente para esta ocasião. Com medidas próprias para a onda amazônica e com
quatro tamanhos diferentes (6’2″; 6’3″; 6’4″ e 6′
6″) as novas pranchas receberam uma pintura especial com as cores da embalagem da
bebida Red Bull.

Com certeza, os aventureiros irão retornar com muitas histórias para contar sobre a
onda mais extensa do planeta e temida por
muitos.

Marcos André Araújo
FAMA ASSESSORIA
Tel/Fax: 55 13 3469-2527
Cel: 13 9104-1819

SAÚDE INTENSIFICA AÇÃO CONTRA DENGUE NO INTERIOR DE ILHÉUS

A Secretaria de Saúde de Ilhéus, através do Programa Municipal da Dengue, continua intensificando a campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti, com a finalidade de mobilizar cada família para a manutenção de seu ambiente doméstico, livre de potenciais criadores. Preocupado com o problema, a coordenação do departamento de Vigilância à Saúde detectou no distrito de Banco Central um grande índice de infestação predial do mosquito. Na tentativa de reverter o quadro, foi encaminhada para localidade rural uma equipe formada por 10 agentes de combate a endemias que na oportunidade passou orientação didática à população sobre os cuidados especiais com a água limpa e parada.

Na oportunidade, a equipe promoveu ainda trabalhos educacionais no centro de saúde do distrito, além de visitas às escolas e as residências, levando ações de conscientização para a comunidade. Para o secretário de Saúde, Paulo Medauar, o apoio da população no combate a dengue, assim como a outras endemias, é fundamental, porque, no caso do Aedes aegypti, 90 por cento dos focos da dengue estão nas residências.

Ainda de acordo com o secretário, o objetivo da Vigilância Epidemiológica da Dengue é reduzir o número de casos e a ocorrência de epidemias, sendo importante que a implementação das atividades de controle ocorra em momento oportuno. Em função disso, a comunidade de Banco Central mereceu esse trabalho especial e outras comunidades serão visitadas num curto espaço de tempo, visando a conscientização da responsabilidade de todos no combate ao mosquito da dengue.

SUTRAN DE ILHÉUS COMEÇOU A VISTORIA NOS TÁXIS DA CIDADE

Até a próxima sexta-feira (21) a Superintendência de Trânsito (Sutran) da Prefeitura de Ilhéus e o Ibametro, deverão vistoriar e aferir todos os taxis que circulam na cidade. De responsabilidade da Sutran, a vistoria consta de inspeção de pneus, chaparia, vidros, extintor de incêndio e limpeza interna do veículo. Já o Ibametro se encarrega da aferição do taximetro em conjunto com o Sinditáxi. Ontem (17), primeiro dia dos trabalhos realizados no estacionamento do Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, na avenida Soares Lopes, foram vistoriados e aferidos cerca de 20 por cento da frota de Ilhéus, e até o fim dos trabalhos a perspectiva é chegar a 100 por cento dos veículos.

Segundo o chefe de Serviços de Transportes Públicos de Ilhéus, Josemir Dias Sobrinho, a majoração da tarifa só será autorizada a partir do momento que o motorista levar o veículo para ser vistoriado e aferido. A tarifa sofrerá um aumento de 20 por cento, – passa de 1,80 reais para 2,50 reais, conforme informou Sobrinho. Ele avisa aos usuários que os táxis que passaram pelos serviços já estão com tarifa majorada. No que toca aos permissionários do serviço, ele alerta para a necessidade da inspeção, uma vez que para o aumento na tarifa será necessária a aferição.

Sobre a vistoria, ele chama a atenção do motorista, pois, sem esse serviço, o carro poderá ficar impedido de circular. A regularidade dos táxis é muito importante para o atendimento de um serviço de qualidade, tanto para a população da cidade quanto para os turistas, disse Josemir Sobrinho. Ele informou também que, o prazo para a realização dos trabalhos não será prorrogado e o não comparecimento até sexta-feira implicará em despesas extras.

Dos dias 10 a 14 passados, os permissionários do serviço de transporte de aluguéis tiveram a oportunidade de efetuar a abertura do processo para renovação do alvará. A regularização da autorização depende da vistoria, como explicou Sobrinho. Os trabalhos de vistoria e aferição são realizadas das 8 às 12 horas e das 13h30min às 17 horas, sem perspectiva para prorrogação. Cerca de 317 táxis deverão passar pela inspeção da Sutran e da aferição do Ibametro.

OBRAS GARANTEM MELHOR QUALIDADE DE VIDA AOS MORADORES DE MORROS DE ILHÉUS

O Projeto Viva o Morro, criado pelo prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, com o objetivo de levar serviços de infra-estrutura para os mais de 40 altos localizados apenas na zona urbana do município, continua beneficiando novas localidades. Desta vez, as comunidades dos Altos Soledade e Aureliano estão recebendo obras que garantem a segurança e tranquilidade de suas famílias, com a construção de contenções de encostas, pavimentação de ruas, construção de rampas e escadarias, além de implantação de esgotamentos pluviais e sanitários. Essas obras atuais são frutos de uma nova parceria com a Coordenadoria de Ações Regionais do Governo da Bahia (CAR) e Conder.

O secretário de Infra-Estrutura da Prefeitura, Isaac Albagli, responsável direto pela aplicação dos recursos na construção dessas obras, diz que no Alto Aureliano a Prefeitura está concluindo a pavimentação das ruas 1 e 5, que também estão sendo beneficiadas com implantação de sistema de esgotamento sanitário, meios-fios e passeios, atendendo as famílias alí residentes numa extensão de mais de 500 metros. Alí, também está sendo concluída a contenção de encosta em área de perigo de desabamento, assegurando aos moradores a segurança nos períodos de fortes chuvas, protegendo seus patrimônios.

Já no Alto Soledade, um dos maiores morros de Ilhéus, não só pela sua dimensão como também pela ocupação, o prefeito Jabes Ribeiro vem investindo em novas obras para garantir melhoria de qualidade de vida para todos. Atualmente, em sua parte mais alta, a Secretaria de Infra-Estrutura já concluiu uma grande contenção de encosta e outras duas estão em fase final de execução. Todas elas, caso desabassem, causariam danos irreparáveis, pois arrastariam casas e vidas humanas em duas ruas localizadas abaixo das obras.

Ainda no Alto Soledade, continua o secretário Isaac Albagli, a Prefeitura concluiu os serviços de pavimentação a paralelos e proteção de encostas da travessa da Conceição, atendendo uma antiga reivindicação dos moradores alí residentes, e que sempre enfrentaram grandes dificuldades de locomoção, principalmente nas épocas de chuva. Além das obras que já realizamos e essas atuais, nas visitas que o prefeito faz constantemente, nós detectamos outros pontos de risco que serão contemplados com obras.
Lembra o secretário que a plena continuidade do Projeto Viva o Morro vem permitindo que as famílias residentes nesses altos já não se preocupem tanto com os períodos chuvosos, e mesmo com grandes quedas de água, como se verificou nos últimos dias, os prejuízos são mínimos, se comparados com períodos anteriores, onde dezenas de pessoas ficavam desabrigadas, ou até mesmo perdiam todos seus bens. Felizmente, essa é uma realidade que ninguém pode contestar, e o prefeito Jabes Ribeiro sabe que ainda falta realizar novas obras em locais de risco, hoje em pequeno número comparado com um passado bem recente.

SEMINÁRIO DEBATEU INCLUSÃO DA HISTÓRIA DE ILHÉUS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

A disciplina História de Ilhéus já está na grade do currículo da rede municipal e ainda este ano começa a ser ministrada no ensino fundamental para cumprir a lei nº 2550/95, que institui o ensino da matéria nas escolas publicas municipais. Na última sexta-feira (14), a Fundação Cultural de Ilhéus e a Secretaria de Educação realizaram o seminário ?Vamos conhecer nossa história?, visando oferecer subsídios aos professores que lecionarão a matéria. O evento, que foi desenvolvido no Teatro Municipal de Ilhéus contou com a participação de cerca de 400 pessoas entre professores, profissionais do trade, guias e estudantes de turismo.

Os trabalhos do seminário, ocorridos durante todo o dia foram abertos pelo presidente da Fundação Cultural, escritor Hélio Pólvora e a professora Dinalva Melo, secretária de Educação do município. Coordenado pela historiadora Maria Luiza Heine, o Seminário ?Vamos conhecer Ilhéus?, superou as expectativas, uma vez que as atividades foram aproveitadas pelo principal público alvo. Segundo a coordenadora do evento, além de atingir seus objetivos, o seminário procurou enfocar vários aspectos da história de Ilhéus, de interesse do público em geral, a exemplo de segmentos que trabalham com o turismo local, que acompanharam atentamente as palestras e contribuiu substancialmente com as discussões.

Os aspectos da constituição da cidade, da formação arquitetônica de seu casario e da literatura que o município de Ilhéus possui, foram debatidos em duas mesas redondas que contaram com as arquitetas Virgínia Castro Lima e Marilene Lapa, e as professoras Elza Ramos e Maria Luiza Heine. Outros debatedores como Juliana Menezes e Baísa Nora, além de Ariel Figueroa, bacharel em turismo, e o arquiteto Hermano Freitas também participaram dos debates do seminário.
A coordenadora do seminário, Maria Luiza Heine, especialista em história regional e mestranda em desenvolvimento regional e meio ambiente, na Universidade Estadual de Santa Cruz, disse que a população regional perdeu o referencial depois que a cultura do cacau entrou em crise. Por isso, ela entende que a população da cidade ainda não conseguiu encontrar um novo rumo. Nesse sentido, disse que o seminário procurou possibilitar informações sobre a história local, com vistas a retomar vias de conhecimentos que podem propiciar a volta do crescimento. A historiadora apontou o turismo como uma das alternativas desse desenvolvimento.
Na visão da maioria dos debatedores, a história de Ilhéus é recheada de fatos marcantes, que podem se ser aproveitados pelos setores econômico e cultural da cidade, a exemplo da obra amadiana com seus personagens que passearam pelas ruas e jardins da cidade. Sobre a inclusão da história de Ilhéus na grade do currículo da rede municipal de ensino de Ilhéus, Heine enfatizou dizendo que o material didático já começou a ser distribuído nas escolas.

ILHÉUS RECEBEU XII PRÊMIO MG DE TURISMO

O secretário municipal de Turismo, Romualdo Pereira, designou seu assessor de imprensa, jornalista Roberto Santanna, para representar a então Empresa Municipal de Turismo Ilheustur, que havia sido escolhida para receber em Belo Horizonte, semana passada, o XII PRÊMIO MG DE TURISMO, no segmento Órgão Oficial de Turismo, única na Bahia a ser homenageada, pela sua importante atuação durante o ano de 2002 em todo o país, especialmente em Minas Gerais, onde sempre esteve presente em todos os principais eventos turísticos divulgando o maravilhoso destino ILHÉUS e suas atrações.

A solenidade foi no Centro de Convenções do Lifecenter, dia 10/03, às 21 horas, numa promoção do trade local e do jornal mineiro MG Turismo que realiza com grande sucesso há 12 anos este evento, trazendo personalidades do mundo turístico nacional e internacional.

Este ano foi quarenta homenageados, dentre os quais a empresa American Airlines (USA); Hôtel Plaza Athénée, de Paris; Rede Blue Tree Park de Hotéis; Centro Oficial de Turismo Espanhol; a TAM; a VASP e Ilheustur, entre outras. Participou da entrega o governador de Minas, Aécio Neves; os senadores Eduardo Azeredo e Hélio Costa, além de vários deputados estaduais e federais, empresários do trade nacional, autoridades e a imprensa especializada de quase todo o país.

Para o secretário Romualdo Pereira, esta homenagem significa muito para nossa cidade, especialmente se considerarmos que o estado de Minas Gerais é um dos maiores pólos emissores de turistas para Ilhéus o ano inteiro, além, evidentemente, do alto nível do evento.

FAM-TOUR – Alguns contatos foram mantidos pelo representante da Setur e da Abrajet, culminando com a parceria entre a Vasp, através do gerente comercial de Belo Horizonte, Luiz Carlos B. Freitas, que cedeu as passagens, e o diretor da Operadora SS Viagens e Turismo Ltda, Alfredo Savi, para envio de um famtour com agentes de viagens e jornalistas dos principais veículos de Minas, que virão no próximo mês de Maio conhecer as potencialidades turísticas de Ilhéus para aumentarem suas vendas na próxima temporada.

Por outro lado, Santanna manteve contatos com Roberta Lage, gerente de Contas da GOL Linhas Aéreas, para incluir no vôo de Porto Seguro uma escala em Ilhéus. Dessa forma teremos mais assentos para esta cidade, vez que o nosso maior problema tem sido com a falta de vôos e assentos disponíveis para Ilhéus. Tentamos ainda com Rodrigo Mendicino, gerente comercial de Total Linhas Aéreas, que demonstrou um grande interesse em colocar uma aeronave passando no Aeroporto Jorge Amado de Ilhéus.

ESTÁGIOS – Durante a estadia em Belo Horizonte o Cana Brava Resort Hotel, de Ilhéus, que esteve no evento representando pela sua gerente comercial, Alessandra Quaresma, fechou importante acordo com a Universidade Newton Paiva, uma das melhores do país, para enviar a partir de julho deste ano, seis alunos do Curso Superior de Turismo que farão estágios naquele hotel, treinando e aprimorando ainda mais os serviços da equipe de funcionários o que reverterá em grandes benefícios para a melhoria da qualidade e do atendimento do turismo na cidade de Ilhéus. O convênio será assinado entre as partes no próximo mês de abril naquela capital mineira.

RS – reg. MTb. nº 1.283

PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA PECUÁRIA LEITEIRA É DISCUTIDO EM ILHÉUS

Um plano de ação visando o desenvolvimento da pecuária leiteira de Ilhéus volta a ser discutido pelo Comitê Produtivo do Leite. Na oportunidade, no dia 3 de abril, às 9 horas, no auditório do Sebrae, vai se discutir uma nova proposta pelo Comitê, que é aumentar a produção de leite no município, que atualmente está no patamar de 2.9 de leite por vaca, volume considerado muito baixo. Entre outras ações, a proposta é aproveitar as áreas desmatadas já existentes nas fazendas, promover melhoria do rebanho no âmbito da genética e manejo de pastagem e do rebanho. No momento o Comitê é formado pela prefeitura, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Uesc, Ceplac, Sebrae e Associação dos Produtores de Leite de Santo Antônio.

Segundo o Assessor de Apoio ao Desenvolvimento Produtivo da Prefeitura, César Acionni, o município, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, discutiu no último no Fórum Compromisso com Ilhéus, o projeto de melhoria genética, ?que inclusive, foi elaborado na atual administração, e ele foi incorporado ao projeto do governo do estado. Na verdade, ele veio a somar a proposta de produção leiteira, principalmente na região de Santo Antônio, onde foi implantada uma usina de beneficiamento de leite e derivados, gerando emprego, renda e melhoria da qualidade de vida dos produtores.

Já o gerente técnico da Adab em Ilhéus, Nilton Montargil, disse que esse programa foi montado em todo o Estado da Bahia, em parceria com a secretaria estadual da Agricultura e Sebrae, com o intuito de melhorar a produção leiteira baiana. Além disso, está sendo criado comitês nos municípios envolvidos no programa. Para se ter uma idéia, hoje, o plantel em Ilhéus é de 1.500 fêmeas, de gado leiteiro. A produção de leite ao mês chega em média 4 mil litros por dia, e o consumo chega ao patamar de 100 mil litros/dia, sendo sua maioria de vários municípios, ressalta. Diz que hoje o brasileiro gasta em cerveja anualmente 175 reais, em refrigerante, 75 reais, e em leite 35 reais.

PÓLO DE INFORMÁTICA BUSCA GARANTIR NOVOS INVESTIMENTOS PARA EXPANSÃO

O Pólo de Informática de Ilhéus, nestes seus seis anos de existência, conta hoje com 50 empresas instaladas e em pleno funcionamento, gerando 1.300 empregos diretos. E mais 6.000 indiretos nos ramos de segurança, alimentação, transporte, limpeza, gráfica e manutenção. Para que o nível de crescimento não sofra interferência, o prefeito Jabes Ribeiro e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Antônio Zugaib, vêm mantendo entendimentos com o secretário estadual de Indústria, Comércio e Mineração, Otto Alencar, visando garantir novos investimentos, a exemplo da aquisição de novas áreas para serem incorporadas ao Distrito Industrial, assim como a realização de serviços de infra-estrutura.

Zugaib informa que um dos maiores problemas enfrentados pelo Pólo refere-se ao terminal alfandegado, salientando que diversas tentativas de mudança da portaria que proíbe a implantação desse tipo de terminal em aeroportos que não sejam internacionais. Entramos em contatos várias vezes com o ex-secretário da Receita federal, Everardo Maciel, no sentido de mudar a lei, mas não obtivemos êxito. Atualmente, acrescenta, busca-se o apoio do novo secretário para que a portaria seja modificada, uma vez que aeroportos como os de Aracajú e Goiânia, mesmo sem serem internacionais, possuem terminais alfandegados.
Para que o Pólo de Informática de Ilhéus não se fragilize, o secretário de Desenvolvimento Econômico diz que também se faz necessário a revisão do decreto n.º 6.741, de 11 de novembro de 1997, que concede os benefícios às empresas do ramo em toda a Bahia Segundo Zugaib, quando o Governo do Estado abre espaço para as empresas se localizarem fora de Ilhéus, fragiliza a consolidação do nosso pólo, sendo importante a garantia de benefícios exclusivos para o pólo local.

Lembra o secretário que a criação do Pólo de Informática, através do decreto n.º 4.316, de 19 de junho de 1995, deveu-se a necessidade de suprir o desemprego provocado pela monocultura do cacau, atacado pela vassoura-de-bruxa. Com os benefícios fiscais concedidos pelo Governo do Estado e Municípios foi possível iniciar o trabalho de atração das empresas, sendo a Bahiatech (hoje Microtec) a primeira a se instalar no pólo.

Além do grande pulo na atração de empresas hoje são 50 -, Zugaib também aponta a implantação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Informática e Eletro-Eletrônico de Ilhéus (Cepedi), como um instrumento futuro para se transformar em um centro de excelência em tecnologia eletrônica avançada. Inicialmente, o Cepedi está se estruturando usando recursos das empresas de acordo com a lei de informática e recursos municipais através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, sendo que os laboratórios da Waytec, Bitway e Ibracomp já estão estruturados, e estão sendo construídos os laboratórios da Megaware, Sense, Eclipse e a Net-Gate.

O Cepedi foi viabilizado através de uma parceria entre a Prefeitura e a Petrobras, onde o município cedeu à empresa uma área de 10 hectares para a construção do Porto Seco e a Petrobras cedeu a Prefeitura parte do antigo terminal para a construção do Centro. De acordo com Zugaib, o grande objetivo é transformar esse equipamento num complexo para a fabricação de protótipos de circuitos integrados como uma grande quantidade de transistores, ou ir mais além, fabricando sistemas complexos embarcados na pastilha de silício, que são chips inteligentes, moldados para funções determinadas.

PREFEITURA FAZ MUTIRÃO DE LIMPEZA NA ZONA NORTE

A Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura de Ilhéus vem realizando um mutirão de limpeza em áreas do bairro da Barra, zona Norte da cidade, visando extinguir uma lagoa provocada pelas águas pluviais que causa vários danos de saúde aos moradores. De acordo com o secretário Carlos Pereira Neto, a lagoa está localizada no fundo do local denominado Tabuleiro da Baiana, onde os servidores municipais estão tratando do aterro, além de abrirem canais para o escoamento da água. Ainda no mesmo local, está sendo realizada a limpeza total das margens do rio Almada, abrindo um importante espaço de lazer.

Na Praia do Marciano, por sua vez, aquela Secretaria reconstruiu totalmente a pista da orla da praia, a qual havia sido destruída durante a maré alta, impedindo o tráfego de veículos. ?Essa obra era bastante reivindicada pelos moradores e frequentadores daquela orla, e para a sua construção foram necessárias 87 viagens de caminhão para o transporte de pedras e areia.

Já na Praia do Malhado, onde se localiza o Parque Luís Eduardo Magalhães, a Secretaria de Serviços Públicos vem executando um constante serviço de limpeza e de arborização. Para a sua manutenção, toda segunda e sexta-feira uma equipe se desloca para solucionar todos os problemas existentes no Parque, a exemplo de iluminação, capinagem e poda de plantas.

O Coordenador de Eficientização dos Serviços Públicos, Eduardo Sobral, conta que a Secretaria tem atualmente uma equipe de fixa de 20 homens, duas caçambas e uma pá carregadeira para realização da limpeza constante das praias. Durante a alta temporada, diz, foi realizado um trabalho incessante desde a Estância Hidromineral de Olivença até Mamoan, numa extensão de 90 quilômetros, e mesmo agora, com menos turistas na cidade, continuamos atuando da mesma forma.

O xerife brazuca no Hawaii

xerife brazuca no Hawaii

Elsior Lapo Coutinho Neto, mais conhecido como Lapo Coutinho, nasceu no dia 16 de março de 1957, em Salvador (BA). Filho de Elsimar Coutinho, cientista conhecido mundialmente, Lapo nunca se prendeu à ajuda do pai para sobreviver na vida, mas reconhece que não estaria realizando todos os seus sonhos sem ele. O baiano já foi entregador de pizza, carpinteiro, gerente de cozinha, capataz de fazenda, e continua quebrando alguns galhos para sobreviver no Hawaii fazendo o que ele mais gosta: surfar.

Mas é julgando competições que Lapo Coutinho vem se destacando no cenário internacional. Ele foi eleito o melhor juiz da ASP havaiana nos últimos três anos e está na liderança pelo prêmio deste ano. O bom desempenho do baiano lhe rendeu convites para julgar as etapas do WCT 2003 nas Ilhas Fiji e no Tahiti, onde agora em março nasce seu quarto filho, cujo nome será Manahere.

A moral de Coutinho é tanta no Hawaii que ele conseguiu a façanha de “fechar” Pipeline quebrando com 10 pés para uma competição somente entre brasileiros, em 1988.

Em entrevista exclusiva, Lapo fala sobre sua vida no Hawaii, competições, localismo havaiano e os brazucas que freqüentam o North Shore.

Quando você começou a pegar onda e como surgiu sua paixão pelo surf?

Morava em frente à praia da Onda, em Ondina, onde comecei a surfar com pranchas de isopor e de madeirite, entre 67 e 69. Desde muito cedo adorava pegar onda de peito e de isopor. Botava quilha no isopor, pintava em cima para enfeitar e para não assar a pele e tentava surfar ajoelhado e em pé. Quando vi o primeiro pranchão e as primeiras fotos numa revista gringa, me apaixonei pelo esporte. Mas foi em 1970 que comecei a levar o surf a sério e a pegar onda com pranchas boas, de fibra de vidro, feitas pelo Gabriel Moraes, que tinha a marca Haty.

Quais picos você mais freqüentava?

Como não tínhamos carro nem idade para pegar onda no litoral norte de Salvador, onde existem picos mais constantes, surfávamos nas praias perto de casa, como Farol da Barra, Paciência, Quebra Côco e Pituba, além da praia da Onda.

Quando você decidiu se mudar para o Hawaii? Por quê?

Decidi me mudar em 1980 porque, em relação ao mundo, o surf passava por uma fase muito ruim no Brasil. Não pagaram a premiação do último Waimea 5000 no Rio de Janeiro para a ASP e fomos praticamente vetados do Circuito Mundial. A revista Brasil Surf faliu e com isto todos os patrocinadores da época, que eram fortíssimos, como Volkswagen, Antárctica, Brahma, Banco do Brasil, Banco Econômico e outros, retiraram suas cotas, pois não tínhamos mais eventos internacionais, nem meios de divulgação. Já estava casado, com filho, e achava que já tinha passado minha oportunidade de competir, então decidi que a única forma de pegar ondas boas era ir estudar no Hawaii, onde me formei em bacharelado Ciência Animal, pensando em um dia ajudar meu pai e meu tio na fazenda.

Você continua casado? Está com quantos filhos?

Não, estou solteiro. Mas meu coração já tem dona, estou sempre amando alguém e a vida. Prefiro não citar quem é, porque não dá sorte. Tenho três filhos, Elsimar Neto, de 24 anos, Charles, 18, e Lapo Gabriel, o Lapinho, que está com 10 anos. Vou ganhar mais um agora em março, pois minha ex-namorada descobriu que estava grávida logo depois que terminamos. Mas nosso relacionamento é só de amizade, somos bons amigos e vamos criar este filho numa boa. Ela mora no Tahiti e o garoto vai se chamar Manahere, que significa espírito ou poder do amor (mana = poder, here = amor).

Foi difícil se adaptar ao arquipélago havaiano? E para sua família?

Não. Amo muito o Hawaii e sempre fui apaixonado pelos verdadeiros locais e pelas ondas, este lugar é mágico. Logo que me mudei, vim com minha primeira mulher e um filho e tive outro aqui, o Charles. Isto facilitava muito a distância e qualquer dificuldade. Só sinto saudade de minha família e de meus verdadeiros amigos. Meu filho Lapinho vem todo ano, e também vou ao Brasil visitá-los, o que alivia um pouco.

Qual o conselho que você daria para os surfistas brasileiros que pensam em largar tudo para tentar a vida no Hawaii?

Venha disposto a fazer de tudo para sobreviver e não tenha pressa para que as coisas dêem certas. Se possível, chegue com um visto de estudante, pois é importante no momento. Aprenda o máximo de inglês que puder e acredite nos seus sonhos.

O mercado de trabalho anda complicado por aí? Você já está estabilizado financeiramente?

Estou longe de estar estabilizado, porque insisto em ganhar pouco e só fazer o que gosto. Para quem está legal no país, se quiser trabalhar mesmo dá para arrumar emprego fácil e ganhar bem. Para quem não está legal é um pouco mais complicado, mas dá para sobreviver.

Seus pais sempre apoiaram sua dedicação ao surf? Você chegou sofreu muitas cobranças por ser filho de um renomado cientista?

Meus pais sempre acreditaram e me deram força. Porém, por sempre ter sido tão difícil sobreviver do surf, e pela imagem muito forte de drogados que nossa geração transmitia à sociedade, eles sempre quiseram que eu procurasse algo mais estável e seguro. Isto é natural, mas se não fosse pelo apoio financeiro de meu pai, que praticamente criou e educou meus filhos e me ajuda até hoje, nunca teria realizado meus sonhos e não viveria só do surf, como acontece atualmente.

Quais os trabalhos que você já exerceu?

Já fiz de tudo para tentar sobreviver no Brasil e aqui no Hawaii. Na Bahia, tive a primeira escolinha de surf da cidade de Ilhéus, onde tive também uma barraca de praia. Já trabalhei com turismo, já fui dono de bar e restaurante junto com minha irmã, gerente de cozinha do Beach Park de Fortaleza (CE)… Aqui, fui entregador de pizza, carpinteiro, gerente de restaurante e fast-food, dei aulas de windsurf e trabalhei como capataz nas fazendas de gado e camarão da universidade. Se quisesse, teria um emprego bom e ganharia bem, mas com certeza não seria feliz como sou. Amo as coisas que faço.

E os trabalhos ligados ao surf?

Sempre estive envolvido com o surf. Era proprietário da Musa, fábrica de pranchas que dominou o Norte/Nordeste. Laminei e fiz quilhas por mais de 10 anos, e também fiz parte de todas as associações e da Federação Baiana de Surf (FBS), onde fui vice-presidente. Organizei e participei de todos os eventos nas décadas de 70 e 80 na Bahia. Hoje vivo somente do surf. Julgo, trabalho com os computadores da ASP Hawaii, escrevo para um site português e também para a revista Hardcore. Dou aula em duas escolinhas locais, tenho uma marca de roupa, a Da Nuts, que ainda não deu certo, e agora comecei a trabalhar com Frank Dias em filmagens e fotografia de esportes de ação, como surf, tow in e mergulho.

Como você começou a trabalhar como juiz?

Comecei a trabalhar em 75, quando levei Randy Rarick para a Bahia pensando em fazer um Waimea 5000, que acabou não acontecendo. Na época, ele julgou um evento na Pedra do Sal, em Salvador, só com os meninos locais, onde o “Dentinho” ganhou. Depois disto, sempre estive envolvido nos eventos junto a Musa e a Sunsurf, primeira loja de surfwear da Bahia, seja como juiz, patrocinador, organizador ou competindo. Na ASP havaiana e Mundial comecei em 96 e ganhei o prêmio de melhor juiz havaiano nos últimos três anos.

Quais os principais eventos que você já julgou?

Julgo quase tudo aqui no Hawaii. Todo o circuito amador, as competições de Longboard e os eventos especiais em Makaha. Fui convidado para o Eddie Aikau, o Tow In e o Mavericks, que terminaram não acontecendo. Convidaram-me também para julgar o Backdoor Shootout, que também não rolou, porque o mar estava muito grande durante todo o período de espera. Julguei o WQS 6 estrelas em Haleiwa, o Xcel Pro e o Faith Pro, ambos em Sunset, e esta semana o Hansen Energy Pro, em Pipe. Tive uma pequena participação nos WQS julgando algumas baterias e filmando todo o evento para internet. Julguei as etapas do WCT feminino que rolaram em Honolua Bay e fui escolhido nos últimos quatro anos para representar o Hawaii nos mundiais Junior e ISA Games.

Como surgiu este convite para julgar as etapas de Tahiti e Ilhas Fiji?

Surgiu após ter sido head judge nas triagens dos locais em Teahupoo e de outros três eventos no Tahiti no meio do ano. Também porque eu já estaria lá de qualquer jeito este ano e a ASP está sempre tentando economizar. Agora são sete juízes de novo e abriu mais um espaço para juízes locais. Mas acho que só vai dar para julgar Teahupoo, não irei pra Fiji porque tenho que julgar as finais do circuito estadual no Hawaii, no início de junho. Este evento decide o melhor juiz do ano e estou na liderança de novo.

Você concorda que os brasileiros estão sendo mal julgados ou acha que o desempenho deles ainda está longe do ideal?

Se os brasileiros estivessem sendo mal julgados, todo mundo estaria sendo mal julgado. Vi o Neco chegar a duas finais durante o ano, o Yuri ficou em terceiro mês passado no WQS em Sunset. Vi o Renan tirar um 10 no WCT em Pipeline e chegar até a semifinal. O Pigmeu também tirou um dez em Pipe, no WQS do ano passado e o Gouveia fez um 10 no Tahiti. Todo atleta que perde acha que foi mal julgado. Falam muito da preferência dos juízes aos australianos, mas esquecem que nos últimos dez anos só um aussie foi campeão mundial, o Occy, e somente dois havaianos, Andy e Sunny, o resto foi o Kelly Slater, que sem dúvida mereceu. Teve também o C.J. Hobgood, que ganhou em 2001. Acho que os juízes desta última década fizeram um excelente trabalho e levaram o surf a outro nível. Nunca tivemos um surf de competição com tanta radicalidade e com ondas boas e grandes. Acho também que o novo critério de somar apenas as duas melhores ondas, o surf competição está sendo levado ao seu limite, graças ao trabalho feito pelos juízes e pelo pessoal da ASP e de todos os paises, e principalmente aos surfistas, que são os responsáveis pela aprovação de todos os critérios estabelecidos. O critério de duas ondas obriga o surfista a realmente dar tudo de si, botar pressão nas manobras e escolher muito mais a onda. Quem tira um 10 praticamente garante a bateria, favorecendo quem arrisca mais, principalmente em ondas grandes e tubulares. Fica mais difícil, mas a galera está começando a se adaptar.

Os juízes da ASP já comentaram alguma coisa contigo sobre as críticas que eles recebem dos brazucas?

Nós recebemos criticas de todo mundo que perde, não só dos brazucas. Os brasileiros que estão ganhando não criticam. Ser juiz não é fácil em nenhum esporte, principalmente no surf, que é um esporte subjetivo e sujeito a interpretação do que é mais difícil e mais bonito. Nós conversamos sobre críticas, mas não de uma nacionalidade em especial.

Recentemente, Makaha foi palco do Mundial Master. Entre os 32 convidados, não havia nenhum brasileiro. Qual a sua opinião sobre isto?

Isto é conseqüência das dificuldades que o surf brasileiro enfrentou no final da década de 70 e início dos anos 80. Naquela época, além da falência da revista Brasilsurf e do “calote” que deram no Waimea 5000, existia um depósito compulsório de 2 mil cruzeiros para quem viajasse para o exterior, complicando ainda mais as viagens para quem já tinha pouca grana. Você só recebia a grana um ano depois e sem inflação corrigida. Acho tudo isto impediu que o surf brasileiro despontasse no cenário internacional e influenciou para hoje não termos nenhum convidado para o Mundial Master. Penso que esta é a única explicação, pois muitos brasileiros daquela época não deviam nada a ninguém e são meus ídolos até hoje: Pepê, os irmãos Pacheco, Betão, Bocão, Maraca, Rico, Mudinho, os Proença, Ian Robert, Daniel, Daniel Friedman, Cacau, André Pitzalis, Foca, Betinho, Ismael Miranda, Paulo Tendas, Fabrício, Paulo Uchoa, os cearenses Odalto e Zorrinho e os baianos Abukakir, Cly, Braulinho, Guelez, Fadul e Hiltinho. Logo depois, Cauli, Roberto Valério, Taiu Bueno, Almir e Picuruta Salazar, além de muitos outros, não conseguiram espaço internacionalmente porque a maioria não tinha patrocinador para correr o Circuito Mundial, não tínhamos mais eventos internacionais no Brasil, nem revistas para divulgar nosso surf para o mundo. Isto acabou prejudicando toda uma geração que iniciou o surf profissional e acreditou nele como um meio de vida, numa época em que ninguém nem sabia o que era, nem o levava a sério, principalmente no Brasil. Acho hoje um absurdo não termos pelo menos free-surfers das antigas convidados para Mundial Master, pois Randy Rarick e todos os surfistas daquela época sabem o que aconteceu e conheciam a qualidade de nosso surf naquele tempo.

É verdade que você foi o único brasileiro que conseguiu fechar Pipeline para um evento só entre brasileiros? Como foi esta competição?

É verdade. Foi no inverno de 88 e teve ondas com mais de 10 pés e os melhores surfistas locais julgando. A segurança d’água foi feita pelo Tery Ahue, que era o presidente dos Black Trunks naquela época. Consegui dois meses e meio de período de espera. Quem ganhou o campeonato foi o Fábio Pacheco, de Saquarema, com o pernambucano Fábio Quencas em segundo, os paulistas Edu Bahia e Anésio em terceiro e quarto lugares, respectivamente, Ianzinho Martins em quinto e o baiano Dentinho em sexto lugar. Na época quase não tinha competição por aqui, somente a Tríplice Coroa, mas consigo a permissão até hoje. Tentei de novo em 97 e 98, mas não consegui alguém que acreditasse e quisesse patrocinar o evento. Hoje acho que não vale mais a pena, pois concorreria o período de espera com as pessoas que me dão emprego durante o ano.

Quais os melhores brasileiros nas ondas havaianas?

É difícil falar em melhor surfista. Cada um tem seu dia de glória, cada swell é uma história diferente. Hoje os surfistas estão se especializando no mar que lhe trouxer mais dinheiro ou lhe der mais prazer. Admiro muita gente. No tow in, todas as duplas brasileiras são excelentes, como Burle e Eraldo, Rodrigo e Danilo, João e Pato, e agora Mancusi e Calunga. Todos estes arrepiam na remada e também nos tubos. Temos mais uma dezena de monstros em tubos, como Stephan Figueiredo, Bernardo Pigmeu, Paulo Moura, Wilson Nora e Renan Rocha.

Como você acha que um surfista deve se preparar para agüentar o peso das ondas do Hawaii?

Acho que a melhor preparação para ondas grandes é a prática. Quanto mais treino, melhor. Por isto os havaianos e australianos se sobressaem. Eles pegam e vêem ondas grandes desde pequeno, e vão atrás delas o ano inteiro. Mas um dia a gente chega lá também.

Nas últimas edições da revista Fluir, o localismo havaiano foi alvo de muitas críticas. É verdade que existe muita pressão em cima dos competidores estrangeiros que chegam aí no final do ano disputando o título com os donos da casa, como aconteceu este ano entre Luke Egan e Andy Irons?

A pressão é por causa da situação do Circuito. Os três últimos eventos com grande pontuação e prêmios são disputados aqui. Se fosse na Austrália ou no Brasil, a pressão local seria a mesma, por isso todo time quer jogar em casa. Mas nos últimos dez anos a pressão só funcionou mesmo com o Andy, pois o Sunny já chegou aqui com o título garantido, o Slater ganhou seis vezes e o C.J. e o Occy, uma cada. Esta história de roubo, preferência e pressão nos juízes não funciona, senão o Andy Irons não teria recebido a interferência dos juízes na etapa de Sunset, quando seu título ainda estava em jogo.

E a casa Volcom, onde uns brutamontes ficavam vigiando o outside de Pipe para espancar os “haoles” que rabeavam as ondas dos locais?

A casa da Volcom foi fruto da galera do Kauai ser muito unida e ter muitos lutadores de jiu-jitsu no meio deles, além de ficar de frente ao pico da onda mais cobiçada e crowd do planeta. Sou contra a violência, mas acho se o North Shore fosse em qualquer outro lugar do mundo, haveriam locais que tirariam a mesma braba. Vi localismo em vários picos do mundo desde a década de 60. Por aqui, já foi muito pior na minha época. A casa será entregue este mês e acho difícil alguém da região alugar outra a esta galera. Soube que alguém processou os donos da casa pelas brigas na área e eles tiveram que tomar a casa. Hoje existe uma placa na casa informando que as festas acabaram, não é mais permitido o uso de drogas ou bebidas alcoólica e só os patrocinados podem entrar na casa. Mas é lenda, a casa sempre está cheia.

Como vem sendo a repercussão do título de Andy Irons aí no North Shore?

Muito positiva. Ele recebeu até a chave da ilha do Kauai na semana passada, pelos feitos como atleta e pelo que faz pelas crianças locais.

Você o conhece bem? Ficou satisfeito por ele ser campeão?

Temos muitos amigos em comum. Nos falamos, mas nunca fui seu amigo. Sempre acompanhei sua carreira e sempre achei que se quisesse chegaria lá, pois sempre ganhou tudo que participou. Era só uma questão de tempo, sem dúvida nenhuma mereceu o título como ninguém.

Quais os novos talentos que estão sendo lapidados pelo Hawaii?

Tem uma galera arrebentando por aqui. Só para citar os principais: Jamie O’Brien, Joel Centeio, Dustin Cuizon, Kekoa Bacalso, Evan Valiere, Fred Patacchia, Danny Fuller e os irmãos Ola e Bene Eleogram, entre muitos outros.

Quais os brazucas que mandaram bem neste inverno?

Vi muita gente boa. Pigmeu, Marcondes, Yuri Sodré, Neco, Peterson, Danilo Costa, Marcelo Nunes. Vi quase toda a galera do WCT e WQS surfando bem e botando pra baixo nos dias grandes. Este foi um dos maiores e melhores invernos da década e muita gente detonou.

Você pretende voltar a morar no Brasil? Quando será sua próxima visita?

Não tenho planos de voltar definitivamente. Mas, acho que a partir deste ano, vou ficar sempre do meio de junho a setembro no Brasil, saindo apenas para o mundial Júnior na África do Sul em agosto. Só voltaria no momento se minha família precisasse. Gosto de ir todo ano, por mim passaria 6 meses no Hawaii, dois no Tahiti e quatro no Brasil. Ano passado consegui, mas o futuro a Deus pertence, só nos resta sonhar.

Lapo Coutinho residiu em Ilhéus de 1993 a 1995, fundou a Academia de Surf da Bahia na cidade e fez muitos amigos.

Por Ader Oliveira.

Ilheense Flávio Costa em sexta colocação no ranking brasileiro

Renato Galvão fatura Vida Marinha Pro Trials

Os dois últimos campeões paulistas dominaram o alto do pódio do Vida Marinha Pro Trials em Balneário Barra do Sul (SC). A grande final foi disputada em ondas de meio e com as séries demorando muito para entrar no Point da Dô, mas o ubatubense Renato Galvão garantiu a vitória na quarta etapa do ABRASP Super Trials 2003 nas suas ondas surfadas nos minutos iniciais.

Maicon Rosa, paranaense radicado no Guarujá (SP), terminou em segundo lugar, com o catarinense Ricardo Ortiz em terceiro e o carioca Anselmo Correia ficando com a quarta colocação entre os 136 atletas de 10 estados do país que participaram do primeiro evento de nível nacional realizado no único município que tem um surfista na sua bandeira e no brasão oficial.

A próxima etapa do ABRASP Super Trials está marcada para os dias 18 a 20 de abril na Ilha do Mel (PR), mas nesta semana a nova elite do surfe nacional estréia na etapa de abertura do SuperSurf 2003 na Praia de Maresias, em São Sebastião (SP).

Dos quatro finalistas do Vida Marinha Pro Trials, o único que não faz parte do grupo dos 74 integrantes da divisão principal do Circuito Brasileiro de Surfe Profissional é o catarinense Ricardo Ortiz.

Mas, como a prova também valia como abertura do Circuito Estadual, ele largou na frente na corrida pelo título que no ano passado foi conquistado por Neco Padaratz.

“Passei várias baterias e estou amarradão por ter conseguido encaixar o meu surfe de novo nas competições”, disse o jovem Ricardo Ortiz, 22 anos, terceiro colocado no evento.

“Não deu para vencer, mas como estou na frente do ranking catarinense vou tentar o título até o final”, completou Ortiz. A segunda etapa do Circuito Catarinense Profissional será o Kaiser Summer Surf Pro, nos dias 12 e 13 de abril na Praia Brava, em Florianópolis (SC).

Já o campeão do Vida Marinha Pro Trials, Renato Galvão, que faturou R$ 4 mil reais de prêmio e 1.000 pontos, subiu da nona para a segunda posição no ranking do ABRASP Super Trials 2003, ficando atrás somente do também ubatubense Tadeu Pereira.

“Só tenho que glorificar o nome do Senhor, que tem me dado muitas bençãos na minha vida e essa foi mais uma delas. Foi demais ter ganho o campeonato. Eu não conhecia Barra do Sul e o campeonato foi muito legal, me deixando ainda mais confiante para estrear no SuperSurf na semana que vem”, falou Galvão, reclamando um pouco da torcida que o vaiou depois dele ter eliminado o surfista local Rafael Inhof nas semifinais, deixando-o na quinta colocação da prova junto com o capixaba Leandro Moulin.

“Esse foi o melhor resultado de um surfista daqui do Balneário no Circuito Brasileiro Profissional e estou muito feliz, porque foi o campeonato da minha vida”, disse o surfista de 23 anos de idade e ainda amador, Rafael Inhof, que fez questão de agradecer ao apoio da torcida que vibrou bastante em todas as suas baterias.

O presidente da FECASURF, organizadora do Vida Marinha Pro Trials, também enalteceu a estréia de Balneário Barra do Sul no calendário do surfe profissional. “A cidade acolheu muito bem todos os surfistas, inclusive com algumas estrelas da elite mundial do WCT vindo aqui prestigiar a estréia do evento em Bal. Barra do Sul. Estamos contentes também por resgatar o Circuito Catarinense Profissional, que terá um mínimo de seis etapas nesse ano, sendo três delas exclusivamente válidas pelo ranking estadual”, ressaltou Xandi Fontes.

O Vida Marinha Pro Trials foi uma realização da FECASURF (Federação Catarinense de Surf) e ASB (Associação de Surf de Barra do Sul), com supervisão da ABRASP (Associação Brasileira de Surf Profissional) e patrocinada pela Vida Marinha e CODESC, com co-patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina e da Prefeitura Municipal de Balneário Barra do Sul, apoio da Magyrus Silk & Sign, Nanete, Califórnia, Vicunha, Willrich, Dalila Malhas, Bica D’água, Hotel Bandeirantes da Barra e Formas Comunicação Visual, e divulgação da Rede Atlântida FM e Boletim de Olho No Mar.

Ranking ABRASP Super Trials após 4 etapas

1 Tadeu Pereira (SP) 2890
2 Renato Galvão (SP) 2840
3 Cristiano Guimarães (SP) 2620
4 Raphael Becker (SC) 2485
5 Heitor Alves (CE) 2400
6 Flávio Costa (BA-Ilhéus) 2360
7 Bruno Moreira (SP) 2340
8 Leandro Moulin (ES) 2090
9 Christiano Spirro (BA) 2015
10 Neco Padaratz (SC) 2000
11 Odirlei Coutinho (SP) 1990

12 Jair de Oliveira (SP) 1920
13 Lucinei Mallas (SP) 1880
14 Maicon Rosa (PR) 1820
15 Anselmo Correia (RJ) 1790
16 Marcos Quito (SP) 1780

Por João Carvalho

Maresias abre temporada 2003 do SuperSurf

A temporada 2003 do SuperSurf começa na próxima quarta-feira e vai até domingo (19 a 23/03) na praia de Maresias, em São Sebastião (SP), com grandes novidades na quarta edição da divisão principal do circuito brasileiro.

A mais importante foi o aumento no número de integrantes da elite nacional, que representam 14 Estados do país no SuperSurf em 2003, com o Espírito Santo e o Maranhão sendo as novidades da lista.

Entre os 98 surfistas (76 na categoria masculina e 22 na feminina), o maior contingente é do Rio de Janeiro (26 atletas), Estado natal dos atuais campeões brasileiros Leonardo Neves e Andréa Lopes.

Em cada uma das cinco etapas estarão em jogo R$ 80 mil em prêmios (R$ 60 mil para os homens e R$ 20 mil para as mulheres), com uma Saveiro Volkswagen 0 Km para o campeão da categoria masculina.

Depois do Rio de Janeiro, São Paulo é o segundo Estado com o maior número de participantes no SuperSurf 2003, com 25 atletas, sendo seguido por Santa Catarina (11) e Ceará (9), que proporcionalmente foi o que conseguiu o maior aumento na quantidade de surfistas, pois em 2002 só tinha três atletas.

Completam a lista de Estados na nova elite nacional o Rio Grande do Norte (6), Paraná (4), Bahia (4), Paraíba (3), Espírito Santo (3), Alagoas (2), Pernambuco (2), Rio Grande do Sul (1) Sergipe (1) e Maranhão (1).

“Estamos superansiosos com o início de mais uma temporada, que promete ser tão emocionante como as outras três que já realizamos”, acredita Evandro Abreu, gerente de produtos da Unidade Jovem do Grupo Abril, que organiza o SuperSurf desde a sua criação no ano 2000.

“Neste ano, o número de competidores aumentou e a nova geração vem com força total, prometendo grandes confrontos com os surfistas mais experientes. O formato da competição também mudou e grandes estrelas do surfe brasileiro estarão abrilhantando os eventos desde os primeiros dias”, contou Evandro.

Dos nove surfistas que até segunda-feira estavam representando o Brasil na etapa de abertura do ASP World Championship Tour (WCT) na Gold Coast, seis estão voltando da Austrália especialmente para participar da estréia do SuperSurf 2003. O niteroiense Guilherme Herdy competirá como convidado do Grupo Abril e os campeões brasileiros Peterson Rosa (PR), Fábio Gouveia (PB) e Victor Ribas (RJ), além de Armando Daltro (BA) e Danilo Costa (RN), já fazem parte da elite nacional.

“Além disso, é importante ressaltar a entrada de novos patrocinadores, que vieram consolidar ainda mais a competição mais importante do calendário do surfe brasileiro. Eles analisaram a importância que o esporte vem atingindo na mídia e também a sua grande aceitação em várias camadas da sociedade, inclusive naquelas de maior poder aquisitivo. Com isso, quem ganha é o surfe e os surfistas, que continuam garantindo uma boa premiação nas etapas”, destacou Evandro Abreu.

SuperSurf 2002 – top-16 do ranking brasileiro

1) 2.840 – Leonardo Neves (RJ)
2) 2.730 – Peterson Rosa (PR)
3) 2.660 – Marcelo Trekinho (RJ)
4) 2.600 – Eric Miyakawa (SP)
5) 2.530 – Andreas Eduardo (SC)
6) 2.450 – Wagner Pupo (SP)
7) 2.370 – Maicon Rosa (PR)
8) 2.300 – Tânio Barreto (AL)
9) 2.230 – Jojó de Olivença (BA)
10) 2.220 – Jihad Kohdr (PR)
11) 2.220 – Beto Fernandes (SP)
12) 2.200 – Costinha (SP)
13) 2.160 – Fabrício Júnior (RN)
14) 2.140 – Dunga Neto (CE)
15) 2.130 – Alexandre Almeida (RJ)
16) 2.130 – Pedro Muller (RJ)

Ranking brasileiro feminino

1) 3.590 – Andréa Lopes (RJ)
2) 3.590 – Taís de Almeida (RJ)
3) 3.320 – Jacqueline Silva (SC)
4) 2.700 – Viviane Maria (RN)
5) 2.680 – Juliana Guimarães (RJ)

por João Carvalho.

Maré de Março

As populações do litoral norte de Ilhéus,principalmente dos bairros, São Miguel e São Domingos, ficam apreensivas com a chegada do mês de março, já que se registra as mais altas marés. Dia 17 do corrente, a preamar será uma das maiores do ano, chegando a 2,2m de altura às 15:09h e dia 18 às 3:36h a maré chega a 2,2m e às 15:53h a 2,3m, o ápice, sendo que este fato se repetirá dias 19 e 20, vindo a acarretar novos estragos à estas populações.

Super Trials tem recorde de inscritos

O Baiano de Ilhéus, Wilson Nora foi o destaque do primeiro dia de competição em Barra do Sul (SC) com 14,50 pontos, maior média até o momento.

Um total de 136 surfistas de 10 Estados do país invadiu a pequena cidade de Balneário Barra do Sul (SC) para participar da quarta etapa do circuito ABRASP Super Trials 2003. O Vida Marinha Pro Trials estreou no calendário brasileiro do surfe profissional com a lotação máxima para um evento de três dias.

Depois de várias semanas de sol e muito calor em Santa Catarina, a sexta-feira (14) foi de céu nublado e com chuva pela manhã. O tempo melhorou à tarde, mas as ondas se mantiveram com meio metro de altura no Point da Dô, praia escolhida para sediar o evento que também vale como abertura do Circuito Catarinense Profissional de 2003.

Os principais cabeças-de-chave do Vida Marinha Pro só entram neste sábado, mas algumas estrelas do surfe mundial já estrearam no primeiro dia da competição, que termina por volta das 13 horas de domingo (16) em Barra do Sul.

Só que nem o paulistano Renan Rocha e nem o gaúcho Rodrigo Dornelles, que até o ano passado integravam o grupo de elite do circuito mundial, conseguiram superar a ótima estréia do baiano Wilson Nora. Ele foi o dono da melhor apresentação do dia e encabeçou a lista de recordes do campeonato ao tirar uma nota 8 e totalizar 14,50 pontos de 20 possíveis.

“Quando eu estava indo para a praia, o Paulo Moura (também do WCT) me disse que a tática era bater forte nas ondas e eu segui o conselho do meu amigo”, explicou Wilson Nora.

“Entrei concentrado na bateria e tive sorte em achar duas ondas boas, porque a condição do mar estava bem difícil. Acho que estava precisando de uma motivação assim, porque há muito tempo não consigo bons resultados nos campeonatos. Espero quebrar esta escrita aqui”, completou Nora, que derrotou os paulistas Missilvano Alves, Daniks Fischer e Vitor Faria no 12o confronto do primeiro dia.

Duas baterias depois, entrou no mar o paulistano Renan Rocha, que só garantiu classificação para a terceira fase nos segundos finais, graças a um erro do catarinense Rodrigo Santos.

“Eu precisava de uma nota 3,5 e não ia conseguir essa pontuação nesse mar, que está muito ruim. Aí ele veio para cima de mim com a finalidade de me marcar e na disputa da última onda ele acabou sendo penalizado com uma interferência”, contou Renan, sem esconder o descontentamento com as condições do mar.

“Saí de casa amarradão para vir competir aqui, pois era um lugar que eu ainda não conhecia, mas perdi todo o tesão quando vi as ondas”, lamentou Rocha, que passou atrás do capixaba Jefferson Sobrinho, vencedor da bateria de ponta-a-ponta.

Já na disputa seguinte, o gaúcho Rodrigo Dornelles conseguiu realizar uma estréia melhor do que a do seu ex-companheiro do WCT e venceu a 12a bateria da segunda fase, com o seu conterrâneo Cláudio Araújo ganhando a disputa pela segunda vaga de Sérgio André e Cássio Sanches.

“As condições estão difíceis, mas eu tive sorte em achar umas ondinhas abrindo que me garantiram o primeiro lugar”, disse Dornelles. “Como eu estava correndo o WCT, não tinha tanto tempo para disputar o Brasileiro e é até bom entrar nas primeiras fases para pegar um bom rip de competição”, completou Pedra.

A competição recomeça às 8 horas deste sábado e as finais ocorrem no domingo.

Por João Carvalho

Renovação de Alvará para Taxistas

O prazo para abertura do processo de renovação do alvará dos taxistas que circulam em Ilhéus, termina na próxima quarta-feira (19). De segunda-feira (17) até 23 de março serão realizados os trabalhos de vistoria e aferição do taxímetro de cada veículo, realizados pela Superitendência de Trânsito e Transporte de Ilhéus(Sutran) e Ibametro. Os Serviços serão realizados em frente ao Centro de Convenções de Ilhéus, na Av. Soares Lopes, de 8h às 12h e das 13h30min às 17h.