PÓLO DE INFORMÁTICA BUSCA GARANTIR NOVOS INVESTIMENTOS PARA EXPANSÃO

O Pólo de Informática de Ilhéus, nestes seus seis anos de existência, conta hoje com 50 empresas instaladas e em pleno funcionamento, gerando 1.300 empregos diretos. E mais 6.000 indiretos nos ramos de segurança, alimentação, transporte, limpeza, gráfica e manutenção. Para que o nível de crescimento não sofra interferência, o prefeito Jabes Ribeiro e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Antônio Zugaib, vêm mantendo entendimentos com o secretário estadual de Indústria, Comércio e Mineração, Otto Alencar, visando garantir novos investimentos, a exemplo da aquisição de novas áreas para serem incorporadas ao Distrito Industrial, assim como a realização de serviços de infra-estrutura.

Zugaib informa que um dos maiores problemas enfrentados pelo Pólo refere-se ao terminal alfandegado, salientando que diversas tentativas de mudança da portaria que proíbe a implantação desse tipo de terminal em aeroportos que não sejam internacionais. Entramos em contatos várias vezes com o ex-secretário da Receita federal, Everardo Maciel, no sentido de mudar a lei, mas não obtivemos êxito. Atualmente, acrescenta, busca-se o apoio do novo secretário para que a portaria seja modificada, uma vez que aeroportos como os de Aracajú e Goiânia, mesmo sem serem internacionais, possuem terminais alfandegados.
Para que o Pólo de Informática de Ilhéus não se fragilize, o secretário de Desenvolvimento Econômico diz que também se faz necessário a revisão do decreto n.º 6.741, de 11 de novembro de 1997, que concede os benefícios às empresas do ramo em toda a Bahia Segundo Zugaib, quando o Governo do Estado abre espaço para as empresas se localizarem fora de Ilhéus, fragiliza a consolidação do nosso pólo, sendo importante a garantia de benefícios exclusivos para o pólo local.

Lembra o secretário que a criação do Pólo de Informática, através do decreto n.º 4.316, de 19 de junho de 1995, deveu-se a necessidade de suprir o desemprego provocado pela monocultura do cacau, atacado pela vassoura-de-bruxa. Com os benefícios fiscais concedidos pelo Governo do Estado e Municípios foi possível iniciar o trabalho de atração das empresas, sendo a Bahiatech (hoje Microtec) a primeira a se instalar no pólo.

Além do grande pulo na atração de empresas hoje são 50 -, Zugaib também aponta a implantação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Informática e Eletro-Eletrônico de Ilhéus (Cepedi), como um instrumento futuro para se transformar em um centro de excelência em tecnologia eletrônica avançada. Inicialmente, o Cepedi está se estruturando usando recursos das empresas de acordo com a lei de informática e recursos municipais através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, sendo que os laboratórios da Waytec, Bitway e Ibracomp já estão estruturados, e estão sendo construídos os laboratórios da Megaware, Sense, Eclipse e a Net-Gate.

O Cepedi foi viabilizado através de uma parceria entre a Prefeitura e a Petrobras, onde o município cedeu à empresa uma área de 10 hectares para a construção do Porto Seco e a Petrobras cedeu a Prefeitura parte do antigo terminal para a construção do Centro. De acordo com Zugaib, o grande objetivo é transformar esse equipamento num complexo para a fabricação de protótipos de circuitos integrados como uma grande quantidade de transistores, ou ir mais além, fabricando sistemas complexos embarcados na pastilha de silício, que são chips inteligentes, moldados para funções determinadas.

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