Em matéria da revista Céu Azul (que circula em todo o mundo e lida por turistas de alto poder aquisitivo), nº 06, o Sr. Carlos Spagat, muito conceituado em roteiros turísticos no Brasil e no Mundo, retrata a Costa do Cacau, onde coloca a Estância Hidromineral de Olivença em destaque (ótimo), porém quando ele diz que não há muito a se ver ou fazer em Ilhéus, afirmando que as praias de Olivença são melhores e mais selvagens, esse equívoco deverá ser rebatido, pois as praias do litoral norte, do Morro de Pernambuco e as do litoral sul, são tão belas quanto as citadas e muitas delas oferece uma boa infra-estrutura. Quanto ao que se ver, temos inúmeras opções: a Casa de Cultura Jorge Amado, Teatro, Casa dos Artistas, praças, Igreja de São Jorge e seu museu Sacro, Palácio Paranaguá, Convento N.S. da Piedade, Igreja de N.S. da Vitória, Catedral e São Sebastião, Av. 2 de Julho com seus casarões e o Porto Antigo, bar Vesúvio, Orla do Pontal e da Sapetinga, etc…

Quanto à ineficácia do Órgão Oficial de Turismo de Ilhéus, este, político e cabide de empregos, quando deveria ser técnico, porém sem verba própria, deixa a desejar desde a sua fundação.
Podem ser visitados ainda os distritos de Rio do Engenho, que abriga a terceira mais antiga igreja do Brasil, Lagoa Encantada, local de grande biodiversidade. Estes passeios são realizados de barco embrenhando-se rio adentro na Mata Atlântica beirada por manguezais. Ainda pode-se visitar a fábrica do Chocolate Caseiro, a CEPLAC, Rio do Braço, Sambaituba e as fazendas de cacau.
Para comer, Ilhéus dispõe da mais vasta gastronomia, dependendo exclusivamente do gosto e do bolso do turista. O Bataclã, citado na matéria, realmente não passa de uma fachada, assim como a Maria Fumaça(trem) que se encontra definhando no pátio da Ciretran. A Igreja de N.S. de Santana e a vila de Rio do Engenho, abandonados pelo poder público. O atual governo tem que priorizar a questão do Patrimônio Histórica Cultural, voltada para o alavanque do turismo.
Spagat tem o olho clínico para o descaso, porém não pode difamar uma cidade que foi fundada em 1535, Capitania Hereditária, “mãe” de Jorge Amado; que durante um século foi a maior produtora e exportadora de cacau do mundo; que dispõe de uma rede hoteleira de ponta, manifestações culturais múltiplas, artesanato com mais de 350 anos, geografia singular, temperatura média anual de 25° C, nativos carismáticos, noites com shows, peças teatrais e exposições esporádicas, mais com muita música ao vivo, em diferentes estilos, nos bares, restaurantes e pubs da cidade. Por fim, basta ter tempo, dinheiro e vontade de se contagiar com a magia de São Jorge dos Ilhéus, tudo isso com segurança e qualidade de vida. Visite, se encante e leve adiante.